Como seria viver sem reconhecer o rosto de ninguém?
Prosopagnosia em grego: "prosopon" = "cara", "agnosia" = "inabilidade de reconhecer(também conhecida como
cegueira para feições) era, até muito recentemente, tratada como uma desordem rara da percepção da face, na qual a habilidade de reconhecer os rostos está danificada, embora a habilidade de reconhecer objetos pudesse estar relativamente intacta. As pesquisas recentes, porém, sugerem que 1 em cada 50 pessoas (2% da população) sofre da desordem em algum grau, e acredita-se que seja hereditária. Até recentemente a desordem estava associada somente a alguma lesão
cerebral ou a
doenças neurológicas que afetam áreas específicas do cérebro, embora os casos de
prosopagnosia congênita ou desenvolvida estejam sendo relatados com freqüência crescente.
Poucas terapias desenvolvidas foram bem sucedidas com pessoas afetadas, embora os indivíduos aprendessem freqüentemente a usar estratégias de reconhecimento como identificar as pessoas
característica por característica (
feature by feature ou piecemeal). Esta estratégia pode envolver indícios secundários tais como a roupa, a cor do
cabelo, a forma do corpo, e a
voz.
Devido ao fato da face funcionar como uma característica de identificação importante na
memória, pode também ser difícil para pessoas nesta circunstância manter-se a par da informação sobre pessoas, e se socializarem normalmente com outras. Segundo pesquisas no campo das Neurociências, a área responsável pelo reconhecimento de faces encontra-se no Lobo Occiptal, em uma região chamada
área fusiforme da face. Nota-se que pessoas que possuem comprometimento nesta região, apresentam incapacidade do reconhecimento facial, mesmo quando este é familiar.
Algumas pessoas usam também o termo
prosofenosia (
prosophenosia), com referência à inabilidade de reconhecer os rostos como conseqüência de danos extensivos dos
lóbulosoccipital e
temporal.